quarta-feira, 13 de agosto de 2014

criminalizacao-sindical-boca-237Governos e patrões criminalizam os movimentos sociais e sindical para negar direitos e aumentos salariais

Os governos e patrões querem impedir a luta da classe trabalhadora por direitos. Essa é a razão da justiça dos ricos, a imprensa corporativa e os patrões se unirem para criminalizar os movimentos sociais e sindicais.

Desde junho de 2013, quando o povo brasileiro tomou as ruas do país, os políticos burgueses e os patrões ficaram ainda mais apavorados com a força da mobilização do povo. Os protestos exigiam mais investimentos em saúde, educação, tarifa zero para o transporte público, segurança, a inclusão das periferias e decisão direta do povo na política. Isso apavorou os governos e os patrões porque essa força vinda das ruas iria tomar conta da classe trabalhadora e impulsionar as campanhas salariais.

A elite acionou o aparato de repressão do estado capitalista, as polícias, para perseguir, atacar e criminalizar os lutadores do movimento social, sindical, estudantil. Dezenas de detenções têm sido feitas sem nenhuma prova até da justiça burguesa (que tem lado, o lado da elite). Militantes sociais e sindicais têm sido atacados por agressões da polícia, prisões ilegais, provas forjadas, como se provou agora no caso dos militantes presos antes dos protestos da final da Copa.

Esse ambiente de contestação social não interessa aos patrões e aos governos porque incomoda a exploração do sistema capitalista. Assim, a criminalização se voltou forte este ano para o movimento sindical. Em São José dos Campos, o dirigente Natanael do Sindicato dos Condutores foi preso em atividade de Campanha Salarial e levado direito para o presídio de Caçapava, o que foi totalmente ilegal. Ele teve a cabeça raspada e chegou a ser proibido de falar com o advogado. Ou seja, é a criminalização das lutas dos trabalhadores a serviço do lucro.

A perseguição se espalha pelo movimento sindical. Cerca de 40 trabalhadores metroviários foram demitidos sumariamente pelo governador e ditador Geraldo Alckmin do PSDB por lutarem por melhores condições de vida na Campanha Salarial da categoria. Em Jacareí, os guardas municipais estão sendo perseguidos por processos administrativos pelo governo municipal do PT em razão da recente e forte greve da categoria de 82 dias.

Agora a patronal fala mais ainda em achatar salários e direitos. A crise das montadoras, a baixa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o custo da corrupção das obras da Copa que o governo vai empurrar para os trabalhadores, os milhares em subsídios fiscais para a patronal, a crise do abastecimento de água que provoca o aumento da conta de luz serão usados pelos patrões, com o apoio dos governos federal e estaduais, para pressionar e achatar as Campanhas Salariais deste segundo semestre.

Por isso, nós temos que estar unidos, companheiros! Nós temos que realizar um forte Encontro de Base para preparar a nossa pauta, já que este ano negociaremos as cláusulas econômicas e sociais da categoria. Temos que lutar por uma Campanha Salarial unificada com petroleiros, bancários, correios, metalúrgicos, unificando calendários de luta e comandos de campanhas. No ramo químico, temos que realizar mutirões da FETQUIM (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo) de apoio entre os sindicatos químicos do estado. É hora da classe trabalhadora se levantar, lutar, resistir aos ataques dos governos e patrões para avançarmos nas conquistas e direitos!

Nós exigimos o fim da criminalização dos movimentos sociais, estudantil e sindical. A retirada de todas as perseguições aos trabalhadores por lutarem por serviços e políticas públicas para o povo e aumentos salariais! Lutar por direito não é crime!

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