quinta-feira, 6 de março de 2014

1970735_337259143079376_1487194166_nTrabalhadores em luta: Garis do Rio de Janeiro dão as mãos e mandam prefeito varrer a cidade

Eles não sambaram na avenida, mas deram um show na luta da classe trabalhadora e um baile na petulância e na estupidez do prefeito Eduardo Paes (PMDB/RJ). A greve dos garis do Rio de Janeiro reforça o processo de ebulição político forte na capital fluminense. Os garis cruzaram os braços no dia 1º de março, em pleno carnaval e apesar do entreguismo do próprio sindicato pelego da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores no setor de Limpeza e Asseio chegou a dizer que a greve não era representativa. Ou seja, os trabalhadores atropelaram a sua direção pelega e entreguista e foram à luta!

Os garis realizaram passeatas no Rio de Janeiro e foram violentamente agredidos pela polícia na primeira delas. Tudo sob as ordens do ditador Eduardo Paes. Mesmo assim, os garis mantiveram a luta e mandaram o prefeito varrer a cidade. Um grande exemplo de luta dos companheiros!

Em represália, a COMLURB (empregadora dos garis) demitiu 300 pais e mães de família cinicamente por mensagem de texto no celular. Os trabalhadores não se intimidaram e mantiveram a greve, apesar, inclusive, da coação da polícia a grupos de garis. Em nova passeata, os garis ganham apoio da população e deram o seu grito de carnaval: “queremos varrer o prefeito da cidade”. Devido à força da mobilização e do apoio das outras categorias de trabalhadores, a COMLURB foi obrigada a cancelar as demissões.

Os grevistas pedem R$ 1.680,00 de piso salarial (R$ 1.200,00 mais 40% de insalubridade) e R$ 20,00 de vale-refeição. A prefeitura oferece R$ 1.224,00 (R$ 874,00 mais 40% de insalubridade) e R$ 16 de vale-refeição. Se cortar as maracutaias nos contratos de fornecedores e licitações da prefeitura, o Bolsa Mídia municipal e o alto número de “ASPONES” comissionados é possível conceder aumento ainda muito mais justo aos garis.

Os companheiros estão certíssimos em ir à luta! Foi-se o tempo em que o trabalhador tinha que aceitar calado a opressão que sofria. O jornalista da direita Bóris Casoy já chegou a dizer que os garis são a ocupação mais baixa na escala do trabalho. Ele foi processado por isso e teve que se desculpar por sua estupidez.

Ocorre que o trabalho dos garis, coletores é mais importante do que o de um ministro do meio ambiente. O país vive sem um burocrata a menos, mas não vive sem os garis. Mais do que aumento salarial, os garis exigem respeito e tratamento digno para trabalhar de sol a sol por um serviço essencial para a sociedade. Todo apoio à luta dos trabalhadores!

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