quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DIRIGIR-E-COBRAR-NAO-DA-2012Para retirar cobradores e aumentar lucros, prefeitura e patrões atacam o transporte

Os Condutores do Vale do Paraíba estão em Campanha Salarial. A data-base da categoria é maio. Já se passaram quatro meses e até agora os patrões não concederam aumento real. Repassaram no salário dos trabalhadores apenas a inflação do período - 4,88%.

As empresas querem rebaixar o salário, criar piso menor para os motoristas do micro-ônibus, mini-ônibus e ônibus de até 35 lugares como se a responsabilidade pelas vidas transportadas nesses veículos não fosse a mesma.

A pergunta que não quer calar: o valor da passagem destes tipos de ônibus vai ser menor? Com certeza, não!

O Sindicato e os trabalhadores já reprovaram esta brutalidade dos patrões e da prefeitura. A prefeitura quer obrigar o motorista a dirigir, cobrar, conferir o troco, dar assistência ao cadeirante, prestar informação ao usuário e enfrentar o trânsito sozinho. O tempo da viagem vai aumentar e a segurança do transporte vai diminuir ainda mais. Trânsito é coisa séria e perigosa! O acúmulo de funções impede que o motorista se fixe em suas atividades de direção, sobrecarregando o trabalhador, causando stress, aumentando as doenças ocupacionais etc. Nós não aprovamos estas medidas e a população, com certeza, também não. Isto é retirada de direitos!

O Sindicato vem lutando por um acordo desde maio, mas os patrões são intransigentes. Já fizemos greve,operação Tartaruga, mobilizações com apoio do Fórum de Lutas, outros sindicatos e movimentos sociais. Propusemos uma nova forma de greve: rodar os ônibus sem cobrar a passagem para que a população não ficasse sem ônibus, mas os patrões novamente tiveram o apoio da justiça que concedeu o direito de demitir os motoristas e cobradores por justa causa se não cobrassem as passagens. É uma grande mentira quando dizem se importar com a população. Se fosse assim, em todas as greves transportaríamos o povo com o maior prazer sem cobrar a passagem, mas a justiça - a mando das empresas e prefeitura - só defende o lucro, não o transporte coletivo como direito social.

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